A terapia por ondas de choque rompe o tecido cicatricial?

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O tecido cicatricial pode ser uma parte natural do processo de cicatrização do corpo, mas quando se torna demasiado denso ou generalizado, pode causar dor crónica, rigidez e restrição de movimentos. Se tem estado a pensar se a terapia por ondas de choque pode quebrar o tecido cicatricial e melhorar a sua mobilidade, está no sítio certo. Vamos explorar como funciona a terapia por ondas de choque, porque é que é eficaz no tratamento do tecido cicatricial e quais as condições que pode ajudar.

O que é o tecido cicatricial? O causador de problemas escondido

O tecido cicatricial forma-se como parte do processo natural de cura do corpo após uma lesão, cirurgia ou trauma. Quando o tecido é danificado, o corpo produz fibras de colagénio para o reparar. Estas fibras não são tão flexíveis como o tecido normal, o que pode levar a restrições de movimento. Ao longo do tempo, o tecido cicatricial pode formar bandas fibrosas espessas que limitam a função dos músculos, articulações e tendões.

Embora o tecido cicatricial seja essencial para a cicatrização, também pode ser problemático quando se torna excessivo ou desalinhado. Nos casos em que o tecido cicatricial adere aos tecidos circundantes, pode causar dor, desconforto e limitação da amplitude de movimentos. Isto pode ser particularmente problemático em áreas como as articulações, os tendões e os músculos.

Porque é que a terapia por ondas de choque é diferente

A terapia por ondas de choque é um tratamento não invasivo que utiliza ondas acústicas de alta energia para estimular o processo de cura do corpo. Ao contrário das terapias tradicionais, que podem centrar-se em mascarar os sintomas, a terapia por ondas de choque actua ao abordar a causa principal da dor, como a formação de tecido cicatricial. Ao utilizar ondas de pressão direcionadas, a terapia por ondas de choque acelera os processos naturais de cura do corpo, incluindo a degradação do tecido cicatricial.

O tratamento estimula a circulação na área afetada, ajudando a eliminar os resíduos metabólicos e a trazer sangue fresco e oxigenado para os tecidos. A terapia por ondas de choque também promove a produção de colagénio e elastina, que são essenciais para a reparação e recuperação dos tecidos. Como resultado, o tecido cicatricial torna-se mais flexível, levando à redução da dor, ao aumento da mobilidade e à melhoria da função geral.

A terapia por ondas de choque pode romper o tecido cicatricial? Aqui está a ciência

A terapia por ondas de choque funciona através da emissão de uma série de ondas sonoras de alta energia, ou ondas de pressão, na área lesionada. Estas ondas atravessam a pele e penetram profundamente nos tecidos, provocando microtraumas no tecido cicatricial. Esta ação mecânica ajuda a quebrar as densas fibras de colagénio que constituem o tecido cicatricial, permitindo que o corpo as reorganize e repare de forma mais eficaz.

A natureza não invasiva da terapia por ondas de choque permite-lhe atingir camadas profundas de tecido sem causar danos nas áreas circundantes. Isto torna-a particularmente eficaz para tratar cicatrizes superficiais e profundas. Além disso, as ondas de pressão estimulam a circulação, melhorando o fornecimento de oxigénio e nutrientes aos tecidos danificados, promovendo ainda mais a cicatrização.

A terapia por ondas de choque também desencadeia a libertação de factores de crescimento, como o fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), que desempenha um papel fundamental na reparação e regeneração dos tecidos. Ao longo do tempo, estes efeitos resultam numa redução da densidade do tecido cicatricial, permitindo uma melhor flexibilidade e mobilidade dos tecidos.

Que doenças são tratadas pela terapia por ondas de choque?

A terapia por ondas de choque é altamente eficaz para uma série de condições relacionadas com lesões dos tecidos moles e formação de tecido cicatricial. Algumas das condições que podem beneficiar da terapia por ondas de choque incluem:

  • Tendinite: Inflamação dos tendões, frequentemente causada por stress repetitivo ou lesões. A terapia por ondas de choque ajuda a reduzir a inflamação e estimula a cicatrização do tecido do tendão.
  • Fasceíte plantar: Dor crónica no calcanhar devido a inflamação nos tecidos da parte inferior do pé. A terapia por ondas de choque promove a reparação dos tecidos e reduz a dor.
  • Tendinite calcificada: Uma doença em que se formam depósitos de cálcio nos tendões, causando dor e rigidez. A terapia por ondas de choque decompõe estes depósitos e promove a cura.
  • Tendinopatia de Aquiles: Dor e inchaço no tendão de Aquiles, frequentemente causados por uso excessivo. A terapia por ondas de choque ajuda a reduzir a dor e a acelerar o processo de cura.

Para além destas condições, a terapia por ondas de choque também é utilizada para tratar lesões musculares, entorses de ligamentos, dores crónicas e condições articulares relacionadas com a formação de tecido cicatricial. Ao visar a origem da dor e incentivar a cura a nível celular, a terapia por ondas de choque proporciona um alívio duradouro e promove uma recuperação mais rápida.

Conclusão

A terapia por ondas de choque tornou-se um tratamento inovador para aqueles que lutam contra o tecido cicatricial e condições músculo-esqueléticas. Ao quebrar as fibras densas de colagénio e ao estimular o processo natural de cura do corpo, a terapia por ondas de choque promove a regeneração dos tecidos, reduz a dor e melhora a mobilidade. Quer esteja a lidar com tendinite, fascite plantar ou cicatrizes internas, a terapia por ondas de choque oferece uma solução não invasiva e altamente eficaz para uma recuperação mais rápida. Se pretende combater o tecido cicatricial e melhorar a sua flexibilidade, a terapia por ondas de choque pode ser o tratamento de que tem estado à espera.

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